sexta-feira, setembro 01, 2006

(Soneto da Fidelidade, Vinícius de Moraes)


De tudo, meu amor serei atento.
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama.
Mas que seja infinito enquanto dure.

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

legal!

12:43 AM  

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