segunda-feira, maio 28, 2007

Corrupção?! Eu quero minha pizza!!!

999999- Ei menino, acorda! O mundo não vai parar pela tua vontade.

999999Diante
de tanta falta de asas, nossa sociedade evolui pra baixo, como muito antes já prediziam. Não temos mais esperanças, sonhos, ou ilusões em que crer e entregar uma vida. Tudo está branco no preto, assinado e estritamente confirmado. Não nos resta mais subterfúgios de loucuras e lágrimas a nos servir de Pasárgada a que nos recolhamos em dias de chuva negra e dor de fazer chorar. O mundo é mau Sebastião. A orfandade caminha junto com uma maturidade que nós não queremos, a esterilidade também. Procriamos seres malditos de nossa própria natureza. O que temos hoje é reflexo de um espelho convexo que fingimos ser real, todos temos culpa – ninguém, no final, é vitima de nada. Cessaram as possibilidades, cada ser que nasce é hoje um número dos bilhões que existem e finge ação. Não temos forças, todos atados diante de algo essencialmente frágil demais. Aonde foi que nos acovardamos tanto?! Porque o medo?! Aonde nos perdemos?! Em que momento exato perdemos nossa alma?! Deixamos de ser crianças?!

999999Falando
sério, nem sei como vamos sair disso tudo. Nem sei se merecemos coisa melhor, acho que não. Mas...em alguns casos, é impossível ser objetivamente impassível a tudo, é melhor vestir a carapuça de Pietá e chorar sobre o sangue do filho assassinado, vestir a roupa de Joana D’Arc e caminhar defronte do algoz, vestir Frida Kahlo e pintar um universo babaca (só pra iludir vitórias), vestir Carlitos e andar sem dinheiro e sem vergonha de não ser ninguém...ninguém resiste – somos civilizados. E talvez por sermos limpos, tudo isso nos fede tanto. Quero chorar um rio sendo discreto, quero gritar baixo, quero sangrar branco, quero socar o vento e abafar toda minha desilusão tão ferrenha.

999999
Ai, ai Deus...dai-me paciência nesse mundo tão plástico.

999999Acordo com esta certeza, sigo para fora do quarto e experimento o gosto de cada dia tentar ser outra pessoa. Mas é tudo tão difícil quando não se tem asas.

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